FERRITINA – interpretação clínica

A ferritina expressa a principal forma de armazenamento de ferro no organismo .Ela é encontrada em quase todas as células do corpo , sendo que no fígado , baço e medula óssea ela está ràpidamente disponível para a hematopoiese . Uma quantidade pequena está disponível do sangue e é proporcional aos estoques da ferritina em todo o organismo e , consequentemente , de ferro .

Na deficiência de ferro , não complicada por outra doença concomitante , ela está precocemente diminuída no sangue , antes mesmo da diminuição da concentração de hemoglobina , do ferro e do tamanho dos eritrócitos ( microcitose ) . Quando se tem uma diminuição do ferro sérico mas a concentração de ferritina é normal ou aumentada , este quadro sugere uma anemia secundária a doença inflamatória crônica , devido ao seqüestro de ferro pelo sistema retículo-endotelial . Muitas doenças crônicas podem levar ao aumento da ferritina sérica , como as infecções crônicas , doenças inflamatórias crônicas ( por exemplo artrite reumatóide e doença renal ) e também neoplasias como linfomas , leucemias , câncer da mama . Pacientes que apresentam alguns destes distúrbios , mesmo que tenham deficiência de ferro , podem mostrar uma ferritina com valores normais .

Nas hepatopatias , em que há lesão das células hepáticas , haverá aumento da concentração de ferritina sérica devido a sua liberação pelas células lesadas . A ferritina sérica encontra-se também aumentada nas doenças que causam sobrecarga de ferro , como a hemossiderose e hemocromatose . Nestes casos , a dosagem da transferrina sérica e da capacidade total de fixação do ferro se mostram mais sensíveis . Os valores da ferritina sérica são variáveis conforme a idade , sexo e certas condições clínicas , como relatado acima , e o Laboratório Médico Dr. Paulo Roberto Saad fornece orientação na liberação do resultado , com os valores referenciais expresso no exame.